Resenhas

  • Esta resenha foi elaborada pela Márcia, do Blog Apaixonada por Livros:

A Grande Aventura... está apenas começando


Posso iniciar essa resenha dizendo que é fascinante a forma criativa e sem limites (uma peninha não poder revelar), que o autor nos leva a participar dessa grande aventura.


A história se inicia na região sul da Itália em junho de 1937 onde um tremor de terra abala uma parte dessa região enquanto outras localidades continuam no seu ritmo normal, como se nada tivesse ocorrido.


Mas, na pequena aldeia de Bordo della Paura (ponta do medo), após o tremor uma enorme fenda se abre indo diretamente até a gruta di cane (gruta do cão), e os boatos e o medo sobre a lenda de que lá habitam entes malignos ressurge.


Esses boatos espalham-se rapidamente e o pároco da cidade mais próxima a aldeia, padre Lino preocupado com a situação solicita a ajuda da igreja católica de Roma onde, entre suas diversas atribuições e funções possui uma área conhecida como "Setor das Lendas".


Assim monsenhor Giulio convoca o padre Ângelo (responsável direto pelo setor - gostei tanto que gostaria de fazer parte dessa equipe rs) que designa ao padre Lazlo e ao padre Paulo (membros da sua equipe de estudiosos) a "missão" de desvendar os mistérios que rondam a gruta.


Os padres acabam descobrindo alguns ossos, uma bolsa e dois manuscritos, que após um exaustivo trabalho, um deles é finalmente decifrado e relata a incrível história dos semeadores universais, quando chegaram a terra, nos primórdios dos tempos.


Porém, o segundo manuscrito traz uma mensagem surpreendente que os leva diretamente ao Dr. Bill Watters (o bem-humorado e renomado arqueólogo de Oxford) e seu amigo Sajih especialista em número, códigos, enigmas e cálculos matemáticos, que ao receberem o manuscrito e decodifica-lo, nos levam as profundezas da terra onde as descobertas, o suspense e o perigo estão sempre presentes aumentando a nossa ansiedade... Mas, afinal qual ligação haveria entre os semeadores e as curiosas descobertas do Dr. Bill?


Apesar de ter uma "teoria" a respeito dessa ligação, terei que aguardar (com ansiedade) "A Jornada" e "A Revelação", para saber se estou no caminho certo.


  • Esta resenha foi elaborada pela Juliana, do Blog Leitoras Anônimas:

A resenha de hoje já está bem atrasadinha, e devo minhas sinceras desculpas ao Luiz Amato, que precisou esperar muito tempo para finalmente ver o que eu realmente achei do seu primeiro livro!

Como todos bem sabem, a literatura nacional hoje em dia engloba diversos temas e gêneros, mas o meu preferido é a ficção científica. Na minha opinião, os autores brasileiros têm MUITA criatividade neste segmento, tanto que os melhores livros que eu já li relacionados ao assunto são de autores nacionais. E sem dúvida, posso incluir a trilogia do Luiz Amato nesta lista!
Quando eu iniciei a leitura, não sabia ao certo do que se tratava o livro, mas para mim foi uma experiência sem igual ir descobrindo, através da narrativa tão minuciosa do autor, um universo tão rico como é descrito neste primeiro volume da trilogia "A Grande Aventura".

O que eu achei muito interessante foi a ligação histórica feita entre passado, presente e futuro. A trama, que é bem elaborada - por assim dizer -, teve sua estrutura muito bem montada, e isso garantiu uma narrativa livre de buracos ou informações inúteis ao leitor, de forma que não é uma leitura maçante. Em compensação, qualquer detalhe que o leitor deixar escapar pode fazer falta futuramente para um melhor entendimento do mistério envolvido na trama - por isso, essa é uma leitura que requer bastante atenção, já vou avisando! ;)
Um ponto super positivo desse livro é que ele "interage" com o leitor. "Mas como?" Ora, através de desafios de lógica e mensagens subliminares que têm como objetivo deixar a narrativa bem mais interessante e interativa. Acredito que esta é uma ótima forma de aproximação entre os personagens e os próprios leitores, um recurso muito utilizado em livros de ficção científica.

E quanto aos pontos negativos? Para a nossa sorte,encontrei uma quantidade muito pequena deles, mas não posso deixar de citá-los. A primeira coisa que me incomodou um pouco (mas acho que não chega a ser um ponto negativo) foi que o autor abusou das descrições em sua narrativa. Ao descrever um certo local, por exemplo, ele dava muitos dados matemáticos (como medida dos cômodos) e uma avaliação minuciosa do espaço. Eu acho que isso foi meio desnecessário, mas felizmente não chegou a deixar a leitura cansativa. Na verdade, alguns leitores até preferem essa visão generalizada.
Outra coisa que me incomodou um pouco (a respeito da diagramação) foi que os diálogos vieram todos em itálico. Pode parecer um motivo bobo, mas eu pessoalmente fico incomodada com essas letrinhas inclinadas para o lado (estranho, eu sei) :P
Por outro lado, eu não me lembro de ter encontrado nenhum daqueles errinhos chatos de digitação, e isso indica que a revisão do livro foi feita com bastante atenção. Isso é muito importante, uma pena que nem todas as editoras sigam esse exemplo.

Por ser este o primeiro livro de uma trilogia, ele serviu mais como uma "introdução" aos próximos volumes. A sensação que eu tive após concluir a leitura foi a de que esta história incrível está só começando - há muito mais por vir, e eu mal vejo a hora de ler a continuação! 

Leiam este livro, se possível, pois eu garanto que vale a pena!